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17 de janeiro de 2017Moradores pedem que Cooperativa de Reciclagem mude de local.
Prefeitura diz que ainda não há prazo para a mudança do espaço.
O espaço usado pela Cooperativa de Reciclagem de Manduri (SP) para armazenar os materiais recicláveis coletados do município está gerando reclamações dos moradores da área central, próximo à antiga estação ferroviária. Segundo eles, os sacos com os lixos, que deveriam ser vendidos e reutilizados, estão se acumulando no local, o que está causando transtornos.
reciclável em Manduri (Foto: Reprodução/TVTEM)
O comerciante Beto Nunes afirma que se sente prejudicado com o acúmulo do lixo. “Aqui junta muito mosquito. Eu faço espetinho e vem mosquito toda hora. Além do mau cheiro. Eles precisam trabalhar e eu sei que tem como montar um barracão no Bairro Industrial”, ressalta.
A coleta seletiva acontece toda quarta-feira por funcionários públicos que recolhem o material. Cinco pessoas da Associação dos Coletores de Reciclagem da cidade são responsáveis pela separação e ficam com o dinheiro da venda. Contudo, como o volume é grande, os lixos estão ficando acumulados até serem vendidos. “Além de ser uma coisa muito feia olhando, temos caixas de leite, refrigerante, o que atrai mosquitos. O cheiro é muito ruim”, ressalta o taxista Sérgio de Jesus Lopes.
“O lixo que não serve para a reciclagem eles colocam fogo. O resto fica jogado, junta água quando chove e aí vem mosquito da dengue, rato e barata”, afirma a dona de casa Doralice Rodrigues Martins.
A mudança para um local adequado também é um pedido antigo dos integrantes da Associação, que negocia o lixo reciclável com a prefeitura. “A gente só quer o nosso barracão. Não precisa de luxo, mas que seja um espaço que dê para colocar tudo”, afirma a separadora de material reciclável Sandra Sena.
ficar acumulado (Foto: Reprodução/TVTEM)
Irregularidade
Segundo o perito ambiental de Avaré (SP) Heber Brianezi, o primeiro problema do local é a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para quem mexe no lixo. Além disso, Heber aponta que a separação e a destinação do material precisam ser imediatas para evitar que as pessoas fiquem expostas às contaminações.
“Não pode ficar acumulado e em três dias deve ter seu destino final, pois pode atrair animais peçonhentos, como cobras por exemplo. Então, o risco de um acidente com esse animal é muito grande”, afirma.
Soluções
A responsável pelo Setor de Meio Ambiente de Manduri, Elenir Aparecida Moraes, admite que o local não é adequado e diz que há um estudo para que a separação seja feita em outra área. “Já vem sendo discutido desde o final do semestre passado para agora no começo do ano solucionarmos o problema. Foi provisório esse espaço porque era pequena quantidade. Mas aumentou muito o volume e estamos tendo esse problema”, afirma.
A prefeitura de Manduri afirmou que não há um prazo para a mudança de local, porque ela não tem um espaço disponível. Também disse que não há um projeto de revitalização para a estação ferroviária, mas que pode cuidar do problema do mato alto no local. Quanto aos EPIs, o Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura afirma que são fornecidos regularmente.
FONTE: G1