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Após cheia, Prefeitura tira 1 tonelada de lixo das margens do Rio Piracicaba
Trabalho foi realizado por equipe da Sedema, das 9h às 15h.
Plásticos, garrafas e galhos se acumularam após o transbordo do rio.
Após a cheia do Rio Piracicaba, a Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (Sedema) recolheu 1 tonelada de lixo, galhos de árvores e aguapés das margens do manancial nesta segunda-feira (23).
De acordo com a administração municipal, os detritos, principalmente plásticos e garrafas, se acumularam após o transbordo do rio. As equipes da Sedema iniciaram a limpeza do ponto próximo da Casa do Povoador de Piracicaba (SP) e seguiram com serviço sentido Avenida Beira Rio. O trabalho durou seis horas.
Com a diminuição da vazão, uma grande quantidade de garrafas de plástico, embalagens, pedaços de isopor e outros materiais se acumularam nas margens do manancial, na região da Rua do Porto, um dos principais pontos turísticos da cidade (Veja fotos).
A retirada da lama da rampa dos pescadores, entre a Avenida Beira Rio e Moraes Barros, os bolsões da Rua do Porto e da rampa na avenida Cruzeiro do Sul foi iniciada na manhã desta segunda-feira, de acordo com a Prefeitura.
“A Sedema faz limpeza periódica no local. Mesmo com o recolhimento do lixo diários na região dos restaurantes, há ações emergenciais após as enchentes. Para serviços mais arriscadaos, à beira do rio, a pasta tem parceria com a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para evitar acidentes com trabalhadores”, disse em nota a Prefeitura.
A Secretaria salienta que a população pode auxiliar para tentar coibir o descarte irregular de resíduos, não só no rio, mas também em bueiros e sarjetas nas ruas da cidade que fatalmente acabarão arrastados até o manancial.
Prejudicial
De acordo com a professora de ecologia da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), Silvia Gobbo, este tipo de poluição registrada na margem do Rio Piracicaba é difusa. “São as pessoas que jogam a bituca de cigarro no chão, um papel de bala ou um copo plástico. Muitas vezes parece pouco observar uma garrafa jogada no chão em um quarteirão e outra garrafa cinco quarteirões depois. Com a chuva, estes materiais são levados para o rio pela enxurrada”, explica.
“Boa parte desta tonelada acumulada na margem do manancial é do lixo deixado nas ruas pela população. Muitas vezes de forma inconsciente”, conta. Ainda de acordo com a docente, cada material tem seu destino correto para o descarte. Por isto, a conscientização da população é fundamental.
“Existem produtos perigosos como pilhas, lâmpadas e baterias que tem metal pesado. Ou ainda plásticos e pedaços de veículos que não se decompõem. Estes trazem riscos tanto para a vida aquática quanto para a saúde da população”.
Cheia
O nível do Rio Piracicaba (SP) baixou e saiu do estado de extravasamento no fim de semana, mas continua em atenção nesta segunda-feira. O Sistema de Telemetria do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), apontou que a profundidade estava em 3,37 metros por volta das 10h desta segunda (23). A vazão do manancial era de 330 mil litros de água por segundo no mesmo horário.
O Rio Piracicaba atingiu 5,11 metros na madrugada da última sexta-feira (21). O cartão postal de Piracicaba recebeu várias pessoas neste domingo para apreciar o Rio cheio.


