Cobrança em coleta de lixo revolta moradores de Pedreira e lei é contestada
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16 de junho de 2017Problema gera riscos à saúde dos moradores que residem perto dos pontos. Departamento de Limpeza Urbana prevê 100 novos ecopontos até 2020.
Campinas (SP) tem 114 áreas com descarte irregular de lixo, segundo a Prefeitura. Dados obtidos pela EPTV, afiliada da TV Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação, mostram que as duas maiores concentrações estão nas regiões sudoeste e noroeste, e há 28 bairros com “pontos viciados” – locais que, embora já tenham sido realizadas limpezas, voltaram a ter problemas.
Moradores que convivem perto destes pontos reclamam dos riscos à saúde provocados pelo acúmulo de materiais em locais inapropriados. “É muito rato entrando para dentro de casa. Às vezes a gente tem de acordar à noite porque está comendo os mantimentos, entram nos armários, até dentro do fogão já encontrei”, lamenta o operador de empilhadeira Nilson de Freitas.
O analista de sistema Edigard Moura vive problema semelhante. “Minha casa está a 300 metros [de uma área com lixo], mas já entrou lagarto, escorpião, até uma cobra a gente pegou no portão de casa”, conta enquanto mostra um terreno com restos de entulho, pneus e sobras de alimentos.
Entre os bairros com “pontos viciados”, segundo apurou a reportagem, estão Jardim São Martins, Vida Nova, Parque Oziel, Vila União, Jardim Florence II, Cidade Satélite Íris I, Jardim Aliança, Residencial Porto Seguro, Residencial Cosmo, Vila 31 de Março, Jardim Roseira, DIC V, Jardim Porto Seguro, Jardim Yeda, Jardim São Judas Tadeu, Jardim Lisa, Jardim Adhemar de Barros, Recanto do Sol II, Chácara Recanto da Colina Verde, Vila Lafayette, Jardim São Marcos, Vila Olímpica, Parque São Paulo, Jardim Nova Europa, Jardim São Vicente, Jardim Esplanada, Parque Itajaí, Três Marias.
O engenheiro do Departamento de Limpeza Urbana Alexande Gonçalves defende que há fiscalização da Prefeitura. Para ele, falta conscientização dos moradores.
“A gente chama atenção para a responsabilidade compartilhada. As pessoas acabam não tendo a responsabilidade e conscientização de que a limpeza urbana é um processo que custa para a Prefeitura e acaba caindo no bolso do próprio cidadão”, ressaltou.
Segundo ele, 100 pontos de descarte irregular serão transformados em ecopontos até 2020.
Campinas tem 114 áreas com descarte irregular de lixo, afirma Prefeitura (Foto: Reprodução EPTV)
FONTE: G1