Com efetivo de 80% nas ruas, coleta de lixo deve melhorar em São Vicente
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7 de dezembro de 2016Tietê (SP) tem sacos de lixos espalhados em diversas ruas nesta sexta-feira (18) depois que a empresa responsável pela coleta parou de trabalhar, na quinta-feira (17), sem prazo para retorno. “É um prejuízo para a cidade em geral, porque cachorros vão furar os sacos que têm comida, papel de banheiro. Todo mundo perde”, reclama o garçom Everaldo José Alves.
Garçom Everaldo Alves reclama: ‘Cachorros vão
furar os sacos’ (Foto: Reprodução/ TV TEM)
A empresa Corpus Saneamento e Obras parou alegando que a prefeitura deve nove meses de pagamentos, o que corresponde a aproximadamente R$ 4 milhões. Além da coleta de lixo, a Corpus realiza serviços gerais de limpeza e coleta hospitalar. A corporação diz ainda que só paralisou após negociações mal sucedidas. A prefeitura nega que o atraso chegue a nove meses e promete fazer um novo contrato até segunda-feira (21) para a volta do serviço. Até a normalização, o Executivo pede que os moradores deixem o lixo em casa.
O garçom Everaldo José Alves trabalha em uma choperia no Centro de Tietê. A frente do comércio ficou acumulada de sacos depois que a caçamba onde eles jogavam o lixo foi retirada pela empresa. “Nesse momento, de ontem para cá, nós tivemos que jogar para fora”, comenta.
O mesmo aconteceu com o autônomo Rafael Marcos Sabes. Ele mora em um prédio no Bairro Santa Rita. Todo o lixo das 36 famílias que vivem no local era colocado em caçambas em um depósito em frente ao prédio. Agora com a paralisação, o autônomo não sabe o que fazer:
da paralisação (Foto: Reprodução/ TV TEM)
“O caminhão passava, recolhia o lixo da caçamba e a deixava vazia. Mas ontem [quinta-feira], logo após o almoço, a empresa passou recolhendo as caçambas. Agora sem ela não sei onde vamos colocar o lixo. Agora, imagine 36 famílias produzindo lixo e tendo que deixar aqui sem previsão de quando o serviço será normalizado”, afirma.
No Bairro Infito o problema da falta de coleta começou ainda na terça-feira, diz a aposentada Eliane Maria da Silva Bastos. Com tantos dias sem o caminhão passar, a frente da casa dela já está cheia de lixo. “Terça-feira coloquei o lixo e ficou. Achei que era o caminhão ou por causa do feriado. Coloquei ontem [quinta-feira] mais um pouco de lixo, mas não passou. Vai juntar moscas, bichos, vai chegar um ponto que vão por na rua. Aí os cachorros vão mexer, ficar a cidade bem feia”, conclui.